TEACCH é a sigla adotada por um projeto de saúde pública e disponível na Carolina do Norte, EUA, que oferece serviços voltados para pessoas com autismo e outros transtornos do espectro do autismo e suas famílias.
Por tratar-se de um projeto abrangente, com uma abordagem suficientemente flexível para ser adaptável, desde a década de 80 o TEACCH tem sido tomado como referência em diversos países do mundo, inclusive aqui no Brasil, embora sua única implementação completa continue sendo na Carolina do Norte.
O TEACCH tem historicamente seu nome ligado à abordagem do autismo como um transtorno do desenvolvimento, à educação como estratégia de tratamento e inserção das pessoas com autismo na família e na comunidade, ao movimento das associações de pais, à colaboração entre pais e profissionais como politicamente a mais potente para o tratamento, à pesquisa e à sensibilazação da comunidade.
Atualmente ofereçe serviços abrangentes, da 1ª infância até a idade adulta, incluindo diagnóstico e avaliação, projetos de tratamento individualizados, educação especial, treinamento de habilidades sociais, treinamento vocacional, consultoria a escolas e convênio com as escolas estaduais, treinamento e aconselhamento dos pais e promoção de atividades de grupos de pais. Mantém também um projeto de pesquisa ativo e capacitação multidisciplinar para profissionais lidando com crianças, adolescentes e adultos com autismo e suas famílias. Isso tudo nos EUA. Aqui no Brasil, as escolas que seguem esse programa, cumprem a maioria dessas atividades também.
Segundo Gary Mesibov (2004), atual diretor do TEACCH, um princípio permanente e valioso do serviço é a idéia de instigar e manter o espírito de colaboração e cooperação, inclusive para tentar ajudar a comunidade a entender o autismo. A teoria essencial é que as pessoas com autismo são diferentes. O autismo afeta sua forma de aprender o mundo - de falar, de comer, de se comunicar, etc - mas não tem nada de errado ou degradante. Partindo dessa premissa, o movimento então seria em direção ao respeito pelas diferenças que o autismo cria em cada pessoa singular e na promoção do apoio e facilitação que eles precisam, justamente devido as tais diferenças.
Por isto a direção dos esforços terapêuticos e educacionais não é no sentido de curar ou fazer uma pessoa com autismo ser normal. As técnicas e as estratégias, tais como a Extra-clarificação visual, os sistemas alternativos de comunicação e os painéis de rotinas, não são usadas porque foram inventadas, elas foram propostas a partir de anos de estudo cuidadoso e são elementos que eles precisam, como um cego precisa de braile ou alguém de óculos. Seria então uma forma de reconhecer as diferenças, sem tomá-las como um impedimento e construir com isto algo de positivo.
Marialice Vatavuk
Boletim Autismo Brasil (BAB), n. 1, na coluna "Possibilidades", de março de 2005.
Introdução - Doenças e Síndrome | |
Apesar de todos os avanços conceituais que possibilitam o diagnóstico cada vez mais precoce, e da maior divulgação sobre as características desta síndrome para a população em geral, estudos ainda são escassos no que concerne à instrumentalização adequada que embase um plano de ação capaz de interferir de modo significativo alterando a realidade dessas pessoas. |
Histórico | |
1906 – Plouller – introduziu o adjetivo “autista” na literatura psiquiátrica – demência precoce -> esquizofrenia
1943 – Leo Kanner – pediatra e psiquiatra infantil da Johns Hopkins University (EUA) estudou grupo de 11 crianças - Distúrbio Autístico do Contato Afetivo
1944 – Hans Asperger, médico austríaco – estudo sobre psicopatia autística
1947 – Kanner criou o substantivo e passou a falar em Autismo Primário e Secundário – algumas especulações do 1 seu trabalho se mostraram incorretas
1949 - Rank – desenvolvimento atípico do ego
1955 – Kanner e Eisenberg – “explorações bioquímicas recentes podem abrir novas vias de compreensão sobre a
natureza fundamental da síndrome autística".
1956 – Bender – pseudo-retardo, pseudo-deficiente
1963 – Rutter - psicose infantil, psicose de início precoce
1976 – Ritvo – problema de desenvolvimento – déficits cognitivos
1988 – Gillberg (Suécia) fatores neurobiológicos
1991 – Uta Frith e Baron-Cohen- teoria cognitiva – teoria da mente
1994 – Francesca Happé (UK) – abordagem tríplice – aspectos biológicos, cognitivos, e os de comportamento
Desde o início – 3 concepções da síndrome:
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ENFOQUES ATUAIS | |
Se prendem a idéia de desenvolvimento
Compreender :
O por quê ?
Para que ?
Onde e quando
Ocorreram transtornos
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CONCEITO | |
Segundo a “Board of Directors of the National Society for Autistic Children”, atualmente denominada ASA (1977), “Autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de cinco entre cada dez mil nascidos e é quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas. É encontrada em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu provar até agora nenhuma causa psicológica no meio ambiente dessas crianças que possa causar a doença. Os sintomas são causados por disfunções físicas no cérebro, verificados pela anamnese ou presentes no exame ou na entrevista com o indivíduo”. (citado por Gauderer, 1993). Supressão dos termos incapacitante e doença Gillberg(1990) citado por Schawartzman em 1995 “Autismo é hoje considerado como uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas e curso de um distúrbio de desenvolvimento. É caracterizado por um déficit na interação social visualizado pela inabilidade em relacionar-se com o outro, usualmente combinado com déficits de linguagem e alteração de comportamento”. |
Principais Características | |
Não há um único adjetivo que possa descrever todo o tipo de pessoa portadora da Síndrome de Autismo porque há muitas formas dessa desordem
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Diagnóstico e Classificação | |
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Diagnóstico e Classificação | |
DSM – Manual de Diagnóstico e Estatística da APA
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DSM
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X
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CID
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Visão + ampla dos comportamentos e característica Visão + ampla dos comportamentos e características
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Definição e caracterização da doença, uso + clínico
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Diagnóstico Pessoa
Dinâmico e Pessoal
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Classificação
Doença
ESTÁTICA E IMPESSOAL |
Diagnóstico Diferencial |
Outras desordens associadas com comportamentos autísticos: |
O Diagnóstico é Importante?
Por que é importante para o professor o conhecimento dos critérios diagnósticos ???
Etiologia Causas
O pensamento vigente mais coerente é o da multicausalidade
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Anormalidades Físicas
1.Disfunções na estrutura neural do cérebro
2.Bioquímica anormal do cérebro
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Intervenções (Tratamento) |
“quanto antes se iniciar o tratamento do autismo melhor serão os resultados ”
* Precoce e intensivo
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Não existe um tratamento padrão universalmente aceito para o autismo , cada método tem seus críticos . Estes métodos de tratamento se agrupam em categorias ou grupos generalizados :
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Intervenção Educacional
Os objetivos das intervenções educacionais para crianças com Autismo serão diferentes, a depender do grau de comprometimento nas diversas áreas de atuação. Lidando com prejuízos cognitivos importantes, o investimento do profissional deverá ser direcionado, mais especificamente, na busca do aumento da comunicação e interações sociais, na diminuição das alterações comportamentais (estereotipias, hiperatividade etc.), na maximização do aprendizado e independência nas atividades de vida diária.
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TEACCH - Introdução |
"Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children"
Segundo a Divisão TEACCH da Universidade da Carolina do Norte nos EUA , a missão do método é:
Permitir aos indivíduos autistas participarem o mais possível significativamente e independentemente na comunidade
TEACCH - Pequeno Histórico
Meados anos 60 - no Depto de Psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill - crianças com autismo (ou na época psicose infantil) - base psicodinâmica 1972 – Eric Schopler – psicólogo – distúrbio de desenvolvimento – terapias baseadas em programas educacionais - A sigla Teacch é marca pertencente ao estado da Carolina do Norte Atendimento gratuito – serviços, treinamento e pesquisa.
Conceitos Básicos
Teacch é um conceito, uma abordagem
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Autismo e a “Cultura Autista”
O Autismo :
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Autismo e a “Cultura Autista” Nossa Cultura |
Cultura Autista
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Falar , explicar
Seguimos Modelos
Aprendemos conceitos
Grupos - Ambiente Natural
Guia Social - desenvolvimento da comunicação
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Visual, experimental
Aprendem fatos concretos
Um-para-um Ambiente controlado
Rotinas, hábitos sistemáticos de trabalho
habilidades de comunicação - Intermediadas
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1- Como abordar os déficits | |
COGNITIVO – atenção – organização – generalização |
2- Diferenças Sensoriais
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3 - Diferenças Sociais - Socialização empatia |
4 - Comunicação
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5 - Comportamentais |
Principais pontos do Método
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Estrutura Física
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Estrutura Física
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Atividade Independente
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Programação Diária | ||
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Sistemas de Trabalho |
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